domingo, 22 de fevereiro de 2015

Renúncia


Aula de D. Gabriel – Servo de Deus - 04/abril/1979

Temos que agradecer a Deus pela graça de descobrirmos a vida d’Ele hoje e podermos viver assim.
Por que renunciar? Porque aprendi que meu coração deve ser só de Deus, e, se ele está preso a muitas coisas, não é de Deus. Daí a necessidade de renunciar. Queremos ser todos de Deus, ter tudo sem ter nada. Renunciando experimentamos se somos capazes de amar a Deus sobre todas as coisas.
Não é pecado possuir coisas, mas sem elas estamos livres e sentimos a alegria de viver livres para amar a Deus. Com um pequeno desprendimento recebemos um mundo de satisfação de Deus. Deus não nos priva das coisas para sofrermos, mas para amá-lo. A força vem d’Ele. Precisamos sentir que somos capazes de renunciar.
Não é renunciar para ser pobre, mas para criar em nós a libertação para amar a Deus sobre todas as coisas. Se não fizermos aqui este desprendimento, o faremos na outra vida.
Nem todos estão dispostos a isto, e o processo é lento.
Ser desprendido é tornar-se capaz de amar despreocupadamente, é ter o coração desapegado.
Cristo e Maria – amor desapegado a serviço do Pai.
Nossa vocação é amar a todos, sem fazer de ninguém um ídolo; é amar com amor de desprendimento.
Amar a mãe com amor de Deus – ver Deus nela. Quando colocamos Deus acima de tudo os outros não nos entendem. O grande conflito que hoje existe é porque procuramos ser autênticos e amar a Deus sobre tudo.
O princípio de Deus é libertar o homem.
Estamos no lugar certo, no caminho certo, vivendo uma realidade que é única e integral, com consagração absoluta a Deus, deixando-nos absorver inteiramente por Cristo – vida inteiramente dedicada ao irmão.


† Gabriel Bueno Couto, O. C. - Bispo de Jundiaí – Servo de Deus

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