Aula de D. Gabriel – Servo de
Deus - 04/abril/1979
Temos
que agradecer a Deus pela graça de descobrirmos a vida d’Ele hoje e podermos
viver assim.
Por
que renunciar? Porque aprendi que meu coração deve ser só de Deus, e, se ele
está preso a muitas coisas, não é de Deus. Daí a necessidade de renunciar.
Queremos ser todos de Deus, ter tudo sem ter nada. Renunciando experimentamos
se somos capazes de amar a Deus sobre todas as coisas.
Não
é pecado possuir coisas, mas sem elas estamos livres e sentimos a alegria de
viver livres para amar a Deus. Com um pequeno desprendimento recebemos um mundo
de satisfação de Deus. Deus não nos priva das coisas para sofrermos, mas para
amá-lo. A força vem d’Ele. Precisamos sentir que somos capazes de renunciar.
Não
é renunciar para ser pobre, mas para criar em nós a libertação para amar a Deus
sobre todas as coisas. Se não fizermos aqui este desprendimento, o faremos na
outra vida.
Nem
todos estão dispostos a isto, e o processo é lento.
Ser
desprendido é tornar-se capaz de amar despreocupadamente, é ter o coração
desapegado.
Cristo
e Maria – amor desapegado a serviço do Pai.
Nossa
vocação é amar a todos, sem fazer de ninguém um ídolo; é amar com amor de
desprendimento.
Amar
a mãe com amor de Deus – ver Deus nela. Quando colocamos Deus acima de tudo os
outros não nos entendem. O grande conflito que hoje existe é porque procuramos
ser autênticos e amar a Deus sobre tudo.
O
princípio de Deus é libertar o homem.
Estamos
no lugar certo, no caminho certo, vivendo uma realidade que é única e integral,
com consagração absoluta a Deus, deixando-nos absorver inteiramente por Cristo
– vida inteiramente dedicada ao irmão.
† Gabriel Bueno Couto, O. C. - Bispo de Jundiaí
– Servo de Deus