quinta-feira, 16 de março de 2017

Filho de Deus


Este é o mistério que vocês já começaram a viver desde quando?
Desde o batismo!
Será que vocês pensaram isto?
Então, é uma pergunta que eu faço para vocês responderem:
Será que até hoje, nós, realmente consideramos o Cristo como ‘minha Vida’ – que vive em mim, que me dá possibilidade de ser filho de Deus, por estar em mim; por transmitir o seu pensamento fazendo com que pense como Ele pensa, que eu ouça como Ele ouve, que eu ame como Ele ama; que eu ande como Ele anda: como filho de Deus.É Ele em mim!
Ou até agora a minha relação com Cristo, eu imaginei como meu modelo, como meu mestre e, ficou nisso?
Por isso que não tive entusiasmo e que fracassei; porque não tenho força; eu leio o Evangelho hoje e amanhã esqueço; mas se eu perceber que o Cristo vive em mim pelo Batismo, não será minha virtude, mas que eu sou filho de Deus porque estou inserido n’Ele - aí eu vou longe!!!
          Na oração eu vivo a minha intimidade com o Pai – com Ele! Ele vive em mim a sua intimidade com o Pai? Eu amo o meu irmão com o amor do Cristo que vive em mim? Eu me santifico com a santidade do Cristo que vive em mim? Eu vou dominar o mundo com a força do Cristo que vive em mim.
           Esta é a palavra de São Paulo: “Eu vivo, mas não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. Isto qualquer cristão tem que dizer isto, mas é que nós vivemos fora da nossa realidade.  Todo movimento de conversão é olhar dentro e ver o Cristo minha Vida.
           Vocês perceberam um pouco, depois de um T.L.C. Mas, aí, houve também uma preocupação de esquecer, de começar a imitar Cristo, a ler o Evangelho passando de novo a viver na periferia.
          Quando todo nosso trabalho seria aumentá-Lo mais, tomar mais consciência de que Ele é a minha vida – por identificação de vida – Ele me unindo a mim e eu a Ele, aumentar a capacidade de ser filho de Deus. Percebem? Por isso, que Cristo disse:
“Quem crer em Mim, vai jorrar a fonte de água viva, desprezem a fonte da água viva”.
O sacramento é tudo para aumentar a relação vital com Cristo. Este é o momento importante da nossa vida, quando a gente, de um jeito ou de outro, descobre que Cristo não é só meu Modelo, não é só meu Mestre, mas é, só minha Vida; e é, por ser a minha Vida que eu tenho força para imitar sua virtude até morrer pelos meus inimigos. E por ser Ele a minha Vida, hoje, eu sou capaz de observar Seus Mandamentos ainda que me estrangulem.
           Entender a sua Palavra porque ele vive em mim, me abre a inteligência para ouvir o que Ele quer de mim. É só n’Ele, vitalmente unido, que eu me realizo, dia e noite, como autêntico filho de Deus.
           O estado de graça, gente, é aquela irradiação do Cristo vivendo em mim.
Fechem essa vidraça, pintem de várias cores e deixem o sol iluminar por fora. Vocês verão o que? Um mundo de cores de maravilhosas, cores que provocadas pela tinta na vidraça, e a luminosidade do sol.
Estado de graça é isto: Cristo em mim, e eu irradiando a Sua vida em mim, estado de graça.
Estado de pecado: eu coloco entre o sol e a vidraça uma cortina e desaparece a cor. O sol continua, irradiando, mas eu não transmito mais a luz.
O pecado é isso: eu coloquei entre o Cristo, que continua em mim, a minha vontade rebelde. Então, perdi! A minha alma se escurece, a minha vida não tem mais a luminosidade do filho de Deus; me arrependo e confesso reaparece o estado, a luz e irradia. Percebem? Isso é fenomenal!
É o único, único caso, a única realidade em que alguém vive do outro nessa intimidade de vida e não de modelo e nem de magistério. E cada um de vocês estão nessa relação com o Filho Deus. Então, gozem, gostem, pensem, alegrem-se; quando estiverem conversando um pouquinho no Tabernáculo, falem dEle como Vida de vocês; não só como Mestre que é, super, não só como Modelo que é, super, mas como Vida.



† Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, O.C - Servo de Deus

sábado, 11 de março de 2017

11 DE MARÇO DE 2017 - 35 ANOS DA MORTE DE DOM GABRIEL


Depois de um rápido resfriado, seu estado físico se agravou rápida e intensamente, culminando com sua internação, na UTI do Hospital das Clínicas “Dr. Paulo Sacramento”, em Jundiaí, onde após 12 dias, veio a falecer, às 4:30 horas, do dia 11 de março de 1982.

Os restos mortais de Dom Gabriel repousam na acolhedora Cripta da Igreja Catedral de Nossa Senhora do Desterro.