quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Ideal do homem Ser Filho de Deus

Vocês conhecem aquela cena da mulher adúltera?
Uma mulher foi descoberta em adultério, e os fariseus, daquele tempo, zelosos dos dez mandamentos, carregaram a pobre criatura e foram colocar diante de Cristo - na sua malícia - e disseram:
“Mestre: esta dona aqui foi apanhada em adultério, o que o Senhor acha?
A nossa lei Moisés manda que ela seja apedrejada é o castigo do adultério, e você o é que diz?”
Malícia deles!
Se o Cristo dissesse: “deixa a mulher a apedrejem!”
Este homem que anda dizendo que é bom e agora manda matar uma pobre coitada, acabou com o prestígio do Cristo.
Se Ele dissesse: “Soltem!”
Este homem que diz que veio observar a lei está rompendo com a lei de Moisés. Acusariam Cristo de infidelidade da lei.
Cristo sabe com quem está falando.
Ele agachou-se e, diz o Evangelho, começou a escrever no chão.
Que ninguém vá perguntar o que será que Ele estava escrevendo.
Ele estava fazendo como a gente faz quando está esperando uma resposta; pega um lápis e fica fazendo um risquinho para deixar tempo.
Ele estava lá com o dedo no chão esperando uma resposta.
De repente Ele diz:
“Quem de vós estiver sem pecado que atire a primeira pedra”.
E ficou esperando a resposta.
Passou um, passou dois, três minutos, depois, Ele não disse nada.
E a turma lá começou a dar o fora.
O Evangelho diz que começou pelos mais velhos.
Malícia do evangelista.
O mais velho estava com a consciência bem vamos dar o fora, ‘o negócio não é comigo’, saiu um, saiu outro, saiu o terceiro, o quarto, e a praça ficou vazia.
Cristo, depois olhou e disse:
“Mulher, onde estão aqueles que condenavam?
Ninguém te condenou?
Não!
Eu também não te condeno!
Vai, e não peques mais!”
Este amor, a sua santidade dava essa convicção Nele.
E, ao mesmo tempo, fazia um com o outro.
Reconciliava os pecadores.
Este é o Filho de Deus.
Era o dono da morte; mandou a morte deixar Lázaro, e Lázaro ressuscitou.
É o Filho de Deus na plena posse das forças da natureza.
E o homem, filho de Deus, criado por Deus, devia ser a mesma coisa, dominando a natureza.
Nós temos o Cristo, em si, Filho de Deus, Homem perfeito.
Homem que atingiu e realizou o ideal do homem.
Entendem bem isto; porque é um defeito muito grande nosso pensar no Cristo lá como estrela no fundo do firmamento.
Não! Ele é um homem como nós, e é o verdadeiro homem, porque Ele é o homem perfeito.
E nos continuaremos a ser falsos porque não respondemos – por nossa conta – a este ideal.
Ele é o Homem perfeito.
Imaginemos que só Ele tivesse existido e que todos nós afundássemos no barranco, no abismo. Deus teria realizado seu plano.
Porque no mundo existe um homem, o único Filho de Deus, que é o Cristo e que basta para Pai para dar toda a honra e glória a seu Filho.
Mas Cristo não veio para isto só. Ele veio para mostrar que existe o Filho de Deus, Homem, e para eu tornar-me homem.
Que o Pai mandou o Filho para, no Filho, nós nos tornarmos homem.
E o ideal humano – homem – se concretiza Nele.
Dizer que, o ideal do homem é ser filho de Deus, é dizer a mesma coisa que: encontrar o Cristo e viver dEle.

Este é o ideal.
† Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, O.C - Servo de Deus 

domingo, 6 de novembro de 2016

Cristianismo


A mensagem de Cristo define-se pela união dele com  o “homem”, para que este se realize, isto é, salve-se, seja perfeito, seja homem. O cristianismo não exprime relação externa, intelectual com Cristo, por meio de imitação de seus exemplos, ou assimilação de sua doutrina, mas consiste em uma união interna, mística, vital do “homem” em Cristo.

† Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, O.C - Servo de Deus