Quando rezamos a AVE MARIA,
dirigimo-nos a Nossa Senhora, declarando já desde o inicio, como costumamos
fazer de algum modo em nossos encontros pessoais de amizade, que a conhecemos e
que gostamos de conversar com ELA: “Alegrai-vos, cheia de graça, o Senhor é
convosco bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre,
Jesus”. Não lhe pedimos nada, simplesmente lhe dizemos que sabemos quem ela é e
que somos felizes em o saber: Filha de Deus perfeita, Imaculada e Santa desde o
princípio de sua existência, Virgem forte do poder de Deus, que se fez sua Mãe,
“sacramento” do seu infinito amor, que nos atrai a Ele e nos salva, fazendo-nos
seus filhos. “Salve” exclamamos então, “alegrai-vos, ó Maria!” Não pedimos
nada. Esquecemos nossos sofrimentos, privações, silenciamos nossas angústias, até
nossos pecados deixam de nos afligir e no silêncio que se faz no nosso espírito
ouvimos Maria, a Mulher bendita, responde à nossa saudação e canta: “A minha
alma engrandece o Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador, porque
olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me
chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-Poderoso fez grandes coisas por mim. O
seu nome é Santo, e sua misericórdia perdura de geração em geração, para
aqueles que o temem” (Lc 1, 46-50). É, então, que lhe abrimos o nosso coração,
felizes por termos contemplado e ouvido nossa Mãe no enlevo de sua divina
maternidade, possuída por Deus de uma maneira única e maravilhosa, por toda a
eternidade!
Surgirão, então, espontâneas, do
nosso coração e aflorarão aos nossos lábios, súplicas filiais, muitas, tantas
quantas forem nossas necessidades: por mais numerosas que sejam, acolhem-nas o
Coração da mãe de Deus, revelação perfeita do coração daquele que é o
DEUS-AMOR, que se fez fruto bendito de seu seio imaculado, JESUS: “Rogai por
nós pecadores, AGORA E NA HORA DE NOSSA MORTE! AMÉM!”
† Gabriel Bueno Couto, O. C. -Bispo de Jundiaí