“Ele  não está aqui; ressuscitou” Mt 28,6

No alto do calvário se reúne a multidão.
Mais uma cruz é elevada e cumpre a sua função.
Mais um prisioneiro é punido.
Mais um homem é crucificado.
Mas a escuridão do céu anuncia injustiça.
O punido não é simples prisioneiro, e sim o libertador.
O crucificado não é apenas um homem, e sim a divindade.
E a cruz assume nova função.
No terceiro dia, Cristo transcende as fronteiras entre a morte e a vida.
Ressurge glorioso, rompendo as correntes do ódio, 

da prepotência e do egoísmo.
Vence a cruz, sua última morada e trono de vitória.
Vence a humilhação para maravilhar-nos com sua bondade.
Ressurge para nos mostrar que o viver não tem limites e a morte é apenas a porta que nos conduz à sua essência.
Provou-nos que a vida é o maior dom entregue por Deus.
Deste modo plenificou o sentido da Páscoa

Jesus Cristo ressuscitou,

                         Verdadeiramente Ele ressuscitou!!

SEXTA FEIRA SANTA

Quando diz aos soldados: ”Sou eu”, deve ter ferido o ouvido deles, pois Deus se entregou. Por que Deus está desta forma? Por mim. Nós somos os objetivos daquela tragédia. Cristo veio para que pudéssemos ser felizes. Debaixo das aparências trágicas está escondido o Deus que ama.

É a força de Deus que mata e que faz viver – explosão de vida. Tivemos a felicidade de seguir e viver esta expressão sem provar a morte eterna.

A morte que Cristo suportou significa a nossa morte ao pecado. Esta morte estabelece toda ligação com a vida. A morte de Cristo é morte que gera vida. Morte que tinha Deus e que não poderia levar ao apodrecimento. Dentro desta morte existe a força da ressurreição.

† Gabriel Bueno Couto, O. C.

Mistério Pascal

Cristo entrou neste mundo para viver e morrer. A morte como condição de vida.

Doação para ser feliz. Entregar-se para viver. Este é o mistério pascal: viver e morrer.

A consequência do mistério pascal é a vida. Só em Cristo é que se vive.

O mistério pascal é o roteiro de vida que Cristo traçou para vivermos.

Se Cristo não existisse eu nasceria para morrer e ficar morto.

Mas, com Ele, temos a possibilidade de escapar da morte e viver.

Entrar no mistério pascal é morrer e ressuscitar.

Somos chamados a viver e morrer todo dia. Não há outro meio para nós.

Quando transgredimos o preceito da morte estamos nos esvaziando.

A celebração da Páscoa é a celebração da Vida. Nossa vida é celebrar a ressurreição. 

Vivemos todo um mistério que se realizou há 2000 anos e que continua até hoje.

Jundiaí, 04 de abril 1979

† Gabriel Bueno Couto, O. C.

Bispo de Jundiaí

Viver Deus para transmitir Deus. Viver de Cristo para transmitir Cristo à criança e a todos os homens.

Dar Cristo ao homem que ainda não o possui;  tornar consciente de Cristo o homem que já O possui; 

eis a missão  que incumbe a mim como a todos os ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios

de Deus.

† Gabriel Bueno Couto, O. C.

Bispo de Jundiaí

ADORAÇÃO - CONTEMPLAÇÃO

E quando a IGREJA convida seus filhos peregrinos a contemplar a HÓSTIA exposta sobre nossos altares por momentos de tempo mais prolongados, quer fazê-los participar, de algum modo, da eternidade da CONTEMPLAÇÃO, em que se abismam seus filhos, na GLÓRIA dos céus, do “Cordeiro, como imolado”, e com eles “em alta voz proclamar: a salvação pertence ao nosso Deus que está sentado no trono e ao Cordeiro” (Ap 7, 10).

Jundiaí, 12 de Junho de 1977.

D. Gabriel Bueno Couto
Bispo Diocesano.

ADORAÇÃO - CONTEMPLAÇÃO

É a IGREJA CELESTE, a JERUSALÉM NOVA, que celebra a sua Eucaristia, comungando com o Sacerdote Sumo, Cristo Jesus, na sua oblação sacrifical gloriosa, que perpetua a sua oblação sacrifical da Cruz.

Mas a nós, que constituímos a IGREJA PEREGRINA, nos será talvez dado tão somente assistir distantes, a essa maravilhosa misteriosa LITURGIA EUCARÍSTICA!?

A Igreja é uma só. Um só é o seu mistério, o mistério pascal de Cristo. A Eucaristia é a celebração desse único mistério pascal. Cristo Jesus é para todos os homens, de todos os tempos, como o é para todas as criaturas o único e eterno Sacerdote. Uma só é a sua oblação sacrifical sobre o altar da Cruz, que o constituiu o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e glorifica os remidos na eternidade (Jo 1, 29). Ele é “a ressurreição e a vida” (Jo 11, 25), “vive para sempre para interceder por nós” (Heb 7, 25): Ele é a inefável e perfeita revelação de DEUS-AMOR (Tt 3, 4-7).

Jundiaí, 12 de Junho de 1977.

D. Gabriel Bueno Couto
Bispo Diocesano.

Adoração e Contemplação

Firmados no magistério da Santa Igreja que, iluminada e sustentada pelo Espírito Santo, transmite a todos os homens a palavra de Cristo, nós, filhos da Igreja, temos a radiante felicidade de crer que a EUCARISTIA é o Sacramento que torna realmente presente, embora de modo misterioso, a Pessoa adorável de JESUS CRISTO, filho de Deus e de Maria, morto e ressuscitado, vivo eternamente na glória da TRINDADE.

Jundiaí, 12 de Junho de 1977.

D. Gabriel Paulino Bueno Couto
Bispo Diocesano, O.C.

Na oração eu vivo minha intimidade com o Pai, com Ele. Ele vive em mim a sua intimidade com o Pai; eu amo o meu irmão com o amor de Cristo que vive em mim; eu me santifico com a santidade de Cristo que vive em mim. Eu vou dominar o mundo com a força de Cristo que vive em mim.

             Esta é a palavra de São Paulo: “Eu vivo, mas não sou eu que vivo, É Cristo que vive em mim”. Isto em qualquer cristão, mas é que nós vivemos fora. Todo movimento de conversão é olhar dentro e ver o Cristo minha Vida.

† Gabriel Bueno Couto, O. C.

Bispo de Jundiaí

20ª Semana D. Gabriel Paulino Bueno Couto

Missa celebrada no dia 11 de março de 2013 por ocasião do 31º aniversário de morte de Dom Gabriel Paulino Bueno Couto presidida por Frei Adailson Quintino dos Santos, pároco da Igreja Nossa Senhora do Carmo, Itu, concelebrada com o Padre João Estevão da Silva, pároco da Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens e Santo Antonio, Louveira.

20ª Semana Dom Gabriel